Falar sobre a importância de Roberto Carlos, que completa 70 anos no dia 19 de abril, para a música popular brasileira parece algo redundante. Detentor de praticamente todos os recordes de vendas de discos e execução de músicas nas rádios, o compositor contribui enormemente para consolidar a indústria brasileira cultural de massas tal qual como ela é hoje.
Em mais de 50 anos de carreira discográfica, Roberto Carlos fez de tudo: lounge, rock n’roll “jovem-guardista”, soul, baladas, e tantas outras coisas pouca gente conhece. “Ele incorporou novas informações à nossa cultura em todos os âmbitos. A maior contribuição dele à música popular brasileira foi a inserção do Brasil num universo pop. Até os anos 60, isso praticamente não existia aqui. Certo, houve a Bossa Nova, que se internacionalizou a partir de 1962, mas ela foi um movimento elitizado. Não é verdadeiro falar que antes do Rei a música brasileira era pura, porque elementos internacionais foram empregados nela desde a pré-história, mas com a Jovem Guarda, a música ficou bem mais universal”, analisa o jornalista Murillo Pompermayer, que mantém comunidades em redes sociais sobre o artista e chegou a fazer programa de rádio dedicado a Roberto Carlos.
Os diversos sósias do cantor, espalhados pelo Brasil, acabam ganhando destaque a mais por ser a cara de Roberto Carlos. Este é o caso do rio-clarense João Carlos Rodrigues, que, seja circulando pelas ruas de Rio Claro ou dos Estados Unidos, é abordado e confundido com o rei.
Histórias para contar não faltam. Vão desde momentos engraçados até ocasiões em que se emocionou ao fazer apresentações beneficentes para instituições como cover do rei. Mas ele lembra que apenas se parece com Roberto Carlos, não imita sua voz para cantar. “Canto do meu jeito”, diz Rodrigues que sabe 58 canções do rei e tem diversos LPs, CDs e alguns DVDs do músico.
Rodrigues, é nascido em Dois Córregos, mas é rio-clarense de coração. Ele explica que desde sua adolescência os amigos comentavam sobre sua semelhança com Roberto Carlos. Na verdade, são 12 anos de diferença entre os dois, já que o rio-clarense tem 58 anos.
Hoje, o eletricitário aposentado da Cesp, se diverte com os acontecimentos que o envolvem por ser tão parecido com Roberto.
Em 1992, Rodrigues relembra que foi ao programa do Gugu para participar como sósia do rei. “Uma vez o Roberto Carlos foi à emissora para receber o Troféu Imprensa no programa do Silvio. No mesmo dia eu estava lá e fiquei na frente da emissora fotografando com os fãs enquanto o Roberto entrava dentro de um Scort azul”, lembra Rodrigues entre risos.
http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/intervalo/musica/74730--MuSICA:-fas-falam-do-setentao-Roberto-Carlos--
Nenhum comentário:
Postar um comentário